segunda-feira, 23 de março de 2009

Memórias vãs .'



-' Estas coisas fazem sofrer., mas o sofrimento passa. Se a vida, que é tudo, passa por fim, como não hão de passar o amor e a dor., e todas as demais coisas, que não são mais que partes da vida? O amor passou. Mas conservo-lhe uma afeição inalterável, e não esquecerei nunca – nunca, creia - nem a sua figurinha engraçada e os seus modos de pequenino, nem a sua ternura, a sua dedicação, a sua índole amorável. Pode ser que me engane, e que estas qualidades, que lhe atribuo, fossem uma ilusão minha; mas nem creio que fossem, nem, a terem sido, seria desprimor para mim que as atribuísse. Fiquemos, um perante o outro, como dois conhecidos desde a infância, que se amaram muito quando na adolescência, e, embora na vida adulta sigam outras afeições e outros caminhos, conservam sempre, num escaninho da alma, a memória profunda do seu liindo amor antigo e inútil. Não é necessário que compreenda isto. Basta que me conserve com carinho na sua lembrança, como eu, inalteravelmente, o conservarei na minha. ".

1 comentários:

Ericson Laisson disse...

Não me canso de ler seus textos. Me vejo em pedaços espalhados entre eles. ♥

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